Historia Do Rock

Quem é o pai do Rock?

O termo Rock and Roll é atribuído (de forma controversa) ao disc-jockey Alan Freed, que atuava em Cleveland (por este motivo e que lá fica o prédio do Rock and Roll Hall Of Fame), que utilizava esta expressão em seu show de rádio.

Mas o termo apareceu pela primeira vez em um blues de Big Joe Turner, que dizia: "My baby, she rocks me with a steady roll" (Minha garota me embala com o balanço certo) . Inventor ou não Alan Freed teve um papel importante pois seus programas de radio se transformaram em grandes shows ao vivo, sempre com grandes atrações como Chuck Berry e Jerry Lee Lewis. Alan Freed morreu na miséria depois de ter sido acusado de receber dinheiro para tocar discos de certos artistas e não de outros.

 

 

História do Rock Brasileiro 

 

O rock brasileiro nasceu tão logo Elvis Presley disparou o primeiro dos três acordes de That's Alright Mama, e as primeiras cenas de "Rock Around The Clock/Balanço das Horas" - passaram nas telas dos cinemas brasileiros, com a trilha sonora de Bill Halley & His Comets. Em meados dos anos 50, inicialmente pelas mãos e vozes de orquestras de baile e cantores populares, como Betinho e Seu Conjunto, Nora Ney e Cauby Peixoto, o rock and roll tomou conta dos rádios, televisões e produziu ídolos como Sérgio Murillo, Tony e Celly Campello. Em seguida, com a entrada em cena da fase instrumental, os novos roqueiros agregaram à história do rock nacional os sons das guitarras, influenciados por grupos como os ingleses Shadows e os americanos Ventures, ampliando a cultura musical da juventude. Depois, nos anos 60, com a chegada dos Beatles, dos Rolling Stones e Jimi Hendrix, vieram a Jovem Guarda, a Tropicália e o som de garagem, com seus yê-yê-yês, distorções de guitarras e contestação. A experiência acumulada desembocou na geração dos anos 70, com o rock made in Brazil, que aprofundou as misturas sonoras, incorporando o progressivo, a música rural e outros sons nordestinos. As várias fases do rock brasileiro seguem explicadas abaixo.

 Anos 50 

A história do rock no Brasil é basicamente a mesma dos demais países, exceto Estados Unidos, onde ele nasceu, e Inglaterra, onde, de certa forma, o skiffle assimilou a seu jeito e de forma mais rápida a nova linguagem musical. Ao chegar em terras brasileiras, diante da inexperiência dos jovens frente ao ritmo novo, aos instrumentos e, mesmo, à falta de espaço social para a juventude, o rock and roll foi absorvido inicialmente pelas orquestras de jazz, e pelos cantores tradicionais, responsáveis pelos primeiros hits do novo gênero. Assim, Nora Ney, uma cantora de boleros e samba canção, gravou o primeiro rock – Rock Around the Clock (em inglês); Betinho e seu Conjunto é responsável pelo primeiro rock com guitarra elétrica, o clássico Enrolando o Rock, onde tocou uma Fender Stratocaster; e, ainda, é do compositor Miguel Gustavo, com interpretação de Cauby Peixoto, o primeiro rock com letra em português – Rock and Roll em Copacabana. Mas, de forma especial, foi com a exibição do filme Balanço das Horas (Rock Around the Clock), com trilha sonora de Bill Halley & His Comets, que o rock and roll estourou no país, provocando tamanha confusão nos cinemas, que levou, por exemplo, o governador de São Paulo, Jânio Quadros, a emitir "Nota Oficial", com o seguinte conteúdo: "Determine à polícia deter, sumariamente, colocando em carro de preso, os que promoverem cenas semelhantes. Se forem menores, entregá-los ao honrado Juíz. Providências drásticas". Também marco histórico do nascimento do rock nacional é o 78rpm com as músicas Forgive Me/Handsome Boy, gravado em 1958 pelos irmãos Tony Campello e Celly Campello, vindos do interior de São Paulo, que abriu definitivamente o caminho do disco, dos programas de rádio e televisão e shows. Depois, vieram Sérgio Murilo, Demétrius, Baby Santiago, Wilson Miranda, Ronnie Cord e outros, como Erasmo Carlos (com os Snakes), Eduardo Araújo, Albert Pavão e Renato e Seus Blue Caps, que fizeram a história daquela e das futuras gerações. Entre os clássicos da época, destacaram-se, entre outros, Rock de Morte (Sérgio Murilo), Rock do Saci (Demétrius), Bata Baby (Wilson Miranda), Estou Louco (Baby Santiago), Vigésimo Andar (Albert Pavão), Banho de Lua (Celly Campello), Rua Augusta (Ronnie Cord), Baby Rock (Tony Campello) e Diana (Carlos Gonzaga).

 

Anos 60

A década de sessenta abriu com a mistura de rock tradicional, som instrumental, surf music e outros ritmos como o twist e o hully gully. Com o surgimento dos Beatles e dos Rolling Stones, o rock brasileiro explodiu definitivamente sob diversas formas, transformando-se em um dos mais criativos da América Latina. O movimento Jovem Guarda, liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, envolveu a maioria da juventude, com programas de televisão, shows ao vivo e inúmeros discos, entre lps e os lendários compactos. Em 1966, sob o comando de Roberto Carlos (foto), o I Festival de Conjuntos da Jovem Guarda, promovido pela TV Record, espalhou a febre do rock pelo país, que tomou conta das garagens, clubes sociais, televisões regionais, festas de igreja e aniversários. Além dos três, também destacaram-se os cantores Eduardo Araújo e Ronnie Von e os grupos Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis e The Fevers, entre outros. Ao lado da Jovem Guarda, também a Tropicália, eliminando as fronteiras sonoras e culturais, introduziu a guitarra na tradicional MPB e o discurso político no rock, produzindo a versão brasileira da psicodelia mundial. Neste movimento, destcaram-se intérpretes, compositores e arranjadores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Rogério Duprat e, de forma especial, o grupo Mutantes. Ainda, além desses espaços mais visíveis, o som de garagem também marcou a sua presença no cenário roqueiro nacional, por meio de inúmeros grupos que deixaram raros lps e compactos para a história, como Som Beat, Baobás, Beat Boys e Liverpool.

 

Anos 70  

Os anos 70 foram marcados pelas bandas e intérpretes "made in Brazil", que afirmaram definitivamente a identidade do rock nacional, compondo e cantando em português e, também, ampliando o domínio da técnica, dos equipamentos e dos estúdios. Foi a década que também introduziu no país os grandes shows, tanto em casas de espetáculos, ginásios e, de forma especial, ao ar livre. Iluminados pelo exemplo dos Mutantes, dezenas de grupos desdobraram-se em variadas experiências, do rock visceral do Made In Brazil, ao progressivo Som Nosso de Cada Dia, liderado pelo ex-Incríveis Manito, passando pela psicodelia barroca d'A Barca do Sol, pelo rock rural do Ruy Maurity Trio ou pela mistura de progressivo/erudito/música regional do grupo O Terço, entre outros. Destacaram-se ainda nos anos setenta, os grupos Som Imaginário, O Peso, Bixo da Seda, Moto Perpétuo, Módulo Mil, Arnaldo (Baptista) & Patrulha do Espaço; Sá, Rodrix & Guarabira; Secos & Molhados e Veludo, entre outros. O grande destaque desta década é o surgimento de Raul Seixas que, depois de liderar o grupo Raulzito e Os Panteras, em meados dos anos sessenta, e produzir inúmeros artistas para a CBS, entre eles Jerry Adriani, transformou-se no maior roqueiro do Brasil, com sua colagem universal de Elvis Presley/John Lennon/Luiz Gonzaga.

 

Anos 80 

Nos anos 80, o rock brasileiro se firma no mercado. Nomes consagrados da MPB e da música romântica cedem espaço nas paradas de sucesso a artistas influenciados pelas novas tendências internacionais. Punk, new wave e reggae ecoam no Brasil. O grupo Blitz, liderado por Evandro Mesquita, é o primeiro fenômeno espontâneo. Sua música "Você não soube me amar", de 1982, é sucesso nacional. Segue-se um surto de novos talentos, como Barão Vermelho, que tem Cazuza, considerado o maior letrista do rock brasileiro dos anos 80, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Camisa de Vênus. São eles os novos interlocutores da juventude. Uma fusão de MPB com a música pop internacional ganha espaço no rádio. Eduardo Duzek, Marina Lima, Lulu Santos, Lobão e Ritchie são os representantes dessa tendência. O grupo paulistano RPM, liderado por Paulo Ricardo, chega a vender 2 milhões de discos entre 1986 e 1988. Ainda de São Paulo emergem Ultraje a Rigor (com a música Inútil) e Titãs, cujo disco Cabeça dinossauro transforma-se em marco da musicalidade produzida no período.
Veja uma lista das bandas nacionais que mais se destacaram nos anos 80:

Blitz, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Titãs, Ultraje a Rigor, Ira!, Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Havaí, RPM, Cabine C, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Heróis da Resistência, João Penca e os Miquinhos Amestrados, Capital Inicial, Plebe Rude, Finis Africae, Biquini Cavadão, Lobão e os Ronaldos, Ritchie, Rádio Táxi, Roupa Nova, Lulu Santos, Leo Jaíme, Kiko Zambianchi, Os Inocentes, Cólera, Ratos de Porão, Garotos Podres, Olho Seco e Mercenárias

 

Anos 90

 Nos anos 90, aparecem grupos cantando em inglês, que abrem perspectivas de sucesso internacional. O grupo mineiro Sepultura consagra-se na Europa e nos Estados Unidos. O grupo paulistano Viper conquista o Japão. A partir de 1993 voltam a fazer sucesso bandas que cantam em português e incorporam ritmos regionais nordestinos, como os Raimundos (de Brasília) e Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A (do Recife).

 O Rock no Resto do mundo

Anos 50

A história do Rock não se resume em 50 anos , é muito mais que isso. Como exemplo, vamos usar a teoria da relatividade: 50 anos de Rock é muito mais significante para nós, de que 1951 D.C., antes do Rock.

Em 1951, o Rock é divulgado pela primeira vez em um programa chamado Moodong's Rock and Roll Party, na radio WJW, de Cleveland, Ohio. O Novo som é gravado por Bill Haley (1925-1981) na canção, Shake Rattle And Roll. Neste mesmo ano o imortal Elvis Presley (1935-1977) atinge o sucesso com a música 'That's All Right Mamma' - é o começo do Tradicional Rock and Roll. O reconhecimento nacional vem com a eterna canção de Bill Haley, 'Rock Around the Clock' que é trilha do filme 'Sementes da violência'. Em 1956 o Rock era cada vez mais evidente entre as trilhas sonoras obrigatórias, e Elvis Preley com Heart Braker Hotel consegue a marca de disco (compacto) mais vendido do pais.

Um som de letras simples e sem maldade, talvez pelo ritmo mais acelerado ou por ser cantado por cantores excêntricos e exóticos, o rock é chamado de som de rebeldes. Grandes nomes desta fase são Chuck Berry, Johnny B.Good, e Little Richard, com Long Tail Sally.

Anos 60

No inicio dos anos 60 , surge uma banda que, sem sombra de dúvidas, foi a que mais influenciou o mundo do Rock, os Beatles. Em Setembro de 1962, a musica Love Me Do, é número um em todas as paradas de sucesso. Logo os Beatles conquistam os E.U.A , e não muito depois, o mundo ocidental.

O sucesso dos Beatles é paralelo à Guerra do Vietnã. Nesta época o rock tem influência no modo de vida das pessoas e, com isso, surgem os Hippies. Então, o Rock ganha tom político, e Bob Dylan se revela o grande compositor da época, unindo musica folclórica ao Rock, com hinos à paz, como Blowin in the wind.

Também nesta década surge o Rolling Stones, grupo mais ousado que os anteriores. Suas letras, picantes para a época, e grandes shows, com muitos efeitos misturando o Rock and Roll a imagens e efeitos visuais, foi muito usados pelo psicodélico Pink Floyd.

O polêmico James Douglas Morrison (o camaleão Jim Morrison) forma o The Doors, e Light my Fire é sucesso. Andy Wharol, publicitário conhecido como o pai do Pop, diz que no futuro todas as pessoas terão os seus 15 minutos de fama. Apesar da letra "pornográfica" para a época, a frase "Sex , Drugs and Rock n' roll" é evidente nos grupos de vanguarda, como o Velvet Underground, de Lou Reed em um Rock já transgressor e polêmico.

Em um festival na Califórnia em 1967 chamado Festival de Monterrey, destaque para uma mulher com a voz que faria o mundo tremer, Janis Joplin. Na mesma onda surge um dos maiores símbolos do rock, o pai da guitarra elétrica e do psicodelismo na música de todos os tempos, o canhoto Jimi Hendrix, com o seu álbum clássico 'Are you experienced?'.

1969, sem duvida, é o ano do rock, O WOODSTOCK reune 500 mentes pensantes, o maior evento musical já visto até hoje.

Anos 70

No fim da década de 60 o Rock é balançado por baterias agressivas e gritos do novo estilo Hard Rock. Revelam-se então Robert Plant e Ian Gillan, que balançam o mundo com seus vocais nervosos e vozes suaves, sem contar o gênio Ozzy Osborne que assusta o mundo com o Black Sabbath. Há quem acredite que essas três bandas já são tendências diferentes de Metal: Led Zeppellin e Deep Purple, Heavy Metal, e Black Sabbath, Black Metal.

Os anos 70 têm diferentes épocas, com os sons oscilando rapidamente e os "gêneros do Rock" são mudados rapidamente entre esses 10 anos, do som progressivo do Yes e do Genesis, que marca o inicio da década.

Em 1975, na Inglaterra, destacam-se duas ondas totalmente diferentes, Sid Vicius com o punk Sex Pistols, e o Iron Maiden com o Heavy Metal.

Os Ramones lançam o seu Álbum homônimo em 1976. Fresh Fruit for Rotting Vegetables é lançado em 1980 pelos Dead Kennedys, clássico do hardcore.

No fim da década acontece o movimento New Age, tendo como principal expoentes os grupos Talking Heads e The Police, do Eco-Pop-Star Sting.

Anos 80

A Fusão de gêneros e estilos é sem dúvida a marca dos anos 80. Em Setembro de 1981 um vocalista chamado Paul Bruce Dickinson, em um show de sua banda Samson, se junta ao Iron Maiden. Steve Harris fica espantado com a voz daquele vocalista e o chama para entrar no Iron Maiden. O album "The Number Of The Beast" é até hoje considerado pelos críticos musicais como o som que revolucionou o Heavy Metal.

Surge também nessa época uma das bandas mais populares de todos os tempos. O Metallica é no princípio uma banda de Trash Metal, mas logo se populariza e torna se mais uma banda de Hard Rock nos moldes de Led Zeppelin e Deep Purple.

Também da década de 80 são os Guns N'Roses do polêmico Axl Rose. You Could be Mine é música tema do filme de ficção O Exterminador do Futuro 2, com Arnold Schwarzenegger.

Sem dúvida as várias divisões do Metal são marcantes dos anos 80, em Black Metal destacam-se o Sentenced, e o Testament, de Trash Metal a banda brasileira Sepultura é uma boa representante do gênero, e de Death Metal o Pantera e o Canibal Corpse é muito evidente também.

Em 1985 no Rio de Janeiro, Brasil, é realizado um grande evento de rock, um dos maiores já vistos. O Rock In Rio, como foi chamado, trouxe bandas como Iron Maiden, Ac/Dc e o fenômeno Scorpions com Still Love You.

A onda Dark, inspirada no Sex Pistols que fala sobre problemas do cotidiano dos jovens ingleses, o Dark Rock, teve como ícones o The Cure e The Smith. O Gothic Metal também expressa o sofrimento musical do gótico dos anos 80. A ótima voz de Bono Vox é sucesso com o U2 e Sunday Bloody Sunday é destaque nas rádios chamando a atenção aos freqüentes conflitos religiosos na Irlanda, terra natal dos integrantes.

Anos 90

A Década de 90 é uma época de vários estilos marcantes, principalmente na vida dos jovens de hoje. Em 1991, em Seattle, nasce o movimento Grunge, liderado pelo Nirvana e o depressivo Kurt Donald Cobain, que chega nas paradas da MTV com o singles de Smells Like Teen Spirit, o Soundgarden de Cris Cornell, o Pearl Jam de Eddie Vedder, que é sucesso com o seu primeiro álbum "Ten", e o Alice in Chains.

O Rock britânico ganha novas bandas como o polêmico Oasis, o Supergrass e Blur, que fazem parte do movimento Britpop. Entre as cantoras, a islândesa Björk e a canadense Alanis Morissette são os destaques da nova geração.

O rock europeu dos anos 90 inspira-se em temas ligados à discriminação racial e conflitos étnicos, como é o caso da Banda Alemã Deesendent. Novas bandas surgem nos EUA, como Everclear e Tripping Daisy, que dão novo formato a vários gêneros, como Hard Rock , Pop e Surf Music.

Em 1992 no Brasil é realizada a segunda edição do Rock In Rio, que tem como show principal, o novo fenômeno do mundo do Rock, o Gun n' Roses.

Em 1994, ano do ressurgimento do Woodstock, Metallica, Green Day, Colletive Soul e AeroSmith fazem o novo Woodstock valer a pena. Neste mesmo ano o mundo conhece um novo Alice Cooper, Marilyn Manson com letras falando de satanismo e arranjos assustadores.

Bandas como os Beastie Boys, Sublime, Jane's addiction, Rage against the Machine, Red Hot Chili Peppers, Faith no More, entre outras, são uma salada de estilos musicais e se destacam em festivais de Rock pelo mundo afora, misturando o Hard Rock com Ska, Hip-hop e Funk.

Seguindo a fórmula do Rock clássico, variando de Hard Rock a baladas, bandas como o Sonic Youth, The Black Crowes, Radiohead, Smashing Pumpkins, Green Day, etc. mantém um bom interesse entre os jovens adoslecentes, nem se limitando ao underground, nem totalmente 'vendidos' como as bandas pop-metal que surgiriam alguns anos depois.

Perto do Bug dos carimbos de datas, eventos como o Tibetan Freedom Concert, o Rock for Choice, os shows para a libertação de Mumia Abu-Jamal entre outros, introduziram o showmício nos USA e na Europa: apresentações de grandes bandas engajadas em arrecadar fundos e chamar a atenção da mídia e das pessoas para situações políticas desiguais e de exploração em todo o mundo. Bandas como Rage against the Machine, U2, Beastie Boys, O Rappa, Paralamas do Sucesso, Bad religion, L7 e tantas outras viram uma boa oportunidade para juntar o útil ao agradável nesses shows e em trabalhos paralelos.

Anos 00 / Século XXI

O principio do Século 21 é marcado pelo maior festival de "Rock" (atenção: entre aspas), já visto desde o original Woodstock. Em 2001 o Rock In Rio III une de vez todos as "Tribos", com shows desde Sandy e Jr e Britney Sperms, até a paulera do Sepultura. Red Hot Chilli Peppers, Deftones, Silverchair, Oasis, Beck, Iron Maiden e outras bandas se apresentaram nos 7 dias do evento. Um dos destaques foi o Qüeen of the Stone age, com seu Stonner Rock. O destaque negativo foi o Guns n'Roses com o patético balofo Axl Rose, mais perdido que cego em tiroteio..

Não se pode dizer que o festival no Brasil foi uma grande festa do Rock, afinal Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Sandy e Jr., Britney Spears e a Orquestra sinfônica não são sonhos de nenhum roqueiro decente. A verdade foi que, acreditando que as bandas nacionais de Rock (Charlie Brown Jr., Raimundos, O Rappa, Barão Vermelho, entre outras) implorariam de joelhos para fazer parte de um evento tão chamativo na mídia no mundo inteiro, os organizadores tomaram um grande Não! na cara-dura, e várias bandas cancelaram a participação devido a quebra de palavra e principalmente pela vigarice dos organizadores. Alguns motivos foram redução de cachês combinados na última hora, horários "marotos" como 9:00h da manhã para um show do O Rappa, entre outras surpresas..

O Heavy Metal, quem diria, se tornou "Pop" nesse novo milênio, principalmente pelo movimento "Nu-Metal". O Nu-Metal, de bandas como o Limp Bizkit, Kid Rock, P.O.D, etc., e parece ter tomado o lugar na mídia do Pop reciclado de tempos em tempos, como o dos Backstreet Boys. Como resultado, um lixo sonoro sem fim atrai multidões de garotas de 12 anos, e bandas como Limp Bizkit fazem as trilhas sonoras de filmes de sucesso, como Missão Impossível 2 e O Demolidor.

A história do Rock ainda está sendo contada. E, com certeza, esta história está incompleta por não falar mais de bandas como o Kiss, Anthrax, Slayer, Ratos de porão, David Bowie, Camisa de Vênus, Ultraje a Rigor, Qüeen, Massacration, etc., que marcaram uma fase da vida de muitas pessoas, de diferentes lugares e condições, explorando principalmente a rebeldia, mas também a inteligência e a capacidade dos seus fãs de passar a voz adiante e criar novas bandas de Rock..